Chegada. Permanecer.
Sentir ver
ouvir ser

Noite escura.
Nada se via, apenas o cheiro da terra, as sombras das árvores.
Avançar para o interior.

China.
Língua estranha.
Estrangeiros.
Nós e eles.

Luz do dia. Ver toda a paisagem. Ver-me.
Chorar, caminho feito de pessoa para pessoa, até chegar a mim.
À mesa.
Acontecimentos interiores, o eu encontrado na matéria e fora dela, a força que preside.
O esforço acreditado, a tentativa além da matéria, transformar a matéria seguindo o caminho do nosso próprio ser.
Ter antes, segurança antes. A base para o salto. Antes de ser. Viver.

Não sei quem sou.
Não sei onde estou.
Não sei o que as coisas significam.
Apenas consigo ver. Sentir. Cheirar.
Ouvir o que escuto.
O lugar é forte.
Vou trabalhar.
Procurar ser alguma coisa.
Fundir-me com o mundo, sentir as suas forças,
e encontrar as partes com sentido
que ecoam a interioridade viva em mim.
Torná-la real.

Permanecer no intervalo entre as coisas, vivo.
Dar forma a uma ideia que se feltra
dentro de mim.

Em relação.
Dentro. Com a Natureza, com a Vida, com o Universo.